O pré-candidato a senador Rogério Marinho (PL) se manifestou nesta segunda-feira (18) contra a possibilidade de transformar o Auxílio Brasil permanente no valor de R$ 600. Em entrevista à rádio 98 FM, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional defendeu o pagamento do benefício neste valor só até dezembro, num movimento que a oposição classifica como “eleitoreira”.
“A Constituição excepcionaliza a calamidade e a emergência. Define um período em que isso ocorre. A emergência não é um estado permanente. É episódico, circunstancial. O que todo mundo espera? Que essa guerra (na Ucrânia) consiga ser concluída até o fim do ano. O que o mundo inteiro espera? Que o desarranjo da cadeia logística que ocorreu no mundo possa ser diminuído até o fim do ano. Todos os países do mundo estão tomando medidas circunstanciais, episódicas, não apenas o Brasil”, afirmou Rogério, ao programa 12 em Ponto.
Rogério Marinho reconheceu que, apesar da melhora de indicadores econômicos, como do emprego, e da previsão de que a economia brasileira vá crescer em 2022, há pessoas “mais frágeis” que necessitam da assistência do governo.
“Quando a economia volta, tem pessoas que demoram a subir no vagão, por uma questão estrutural do mercado de trabalho. As pessoas mais frágeis do ponto de vista econômico, que tem menor capacidade porque receberam menos instrução, são os últimos a se integrarem ao mercado e trabalho. São os que mais sofrem quando há desarranjo econômico. Mas o lema deste governo foi não deixar ninguém para trás”, afirmou o ex-ministro.
“Essas pessoas (as mais pobres) precisam se aliviar, encontrar um meio de subsistência”, acrescentou.
O pré-candidato ao Senado disse que o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 temporariamente não vai abalar as contas públicas, diante da previsão de que o País arrecade neste ano mais do que o previsto. “Não significa que vai desarrumar do ponto de vista fiscal o País”, destacou.
Neste sentido, ele até criticou a demora do governo para pagar o auxílio. “O governo demorou a tomar essa medida. Deveria ter tomado no começo do ano. Podia ter feito mais rápido, mas a questão da responsabilidade fiscal, as questões internas… Demorou um pouco a ser resolvido e equacionado”.
Apesar de ser contra a extensão do Auxílio Brasil no valor de R$ 600, Rogério Marinho defendeu que, a partir de 2023, o governo avalie medidas para dar assistência aos mais pobres.
“O próximo governo, qualquer que seja ele, tem que se debruçar sobre esse tema e ver de que forma vamos continuar a crescer, nos desenvolver e ter responsabilidade fiscal, sem abrir mão de responsabilidade social e atacar as desigualdades regionais”, finalizou.
Blog do Jair Sampaio