PARALIMPÍADA: Brasil tem dia excelente com mais quatro medalhas de ouro em Tóquio

Gabriel Araújo é ouro na natação das Paralimpíadas — Foto: ALE CABRAL/CPB

O Brasil teve mais um ótimo dia na Paralimpíada de Tóquio. O País conquistou quatro ouros em diferentes modalidades: Maria Carolina Santiago e Gabriel Araújo na natação, Alana Maldonado no judô e Mariana D’Andrea no halterofilismo. E não foi só: Beatriz Carneiro ainda alcançou um bronze na natação, mesmo resultado de Meg Emmerich no judô e Renê Campos Pereira no remo. Confira todos os resultados dos brasileiros. Com os resultados, o Brasil voltou ao sexto lugar no quadro de medalhas.

Imagem: reprodução/Google

Nos esportes coletivos, o Brasil teve uma boa estreia no futebol de cinco, venceu o até então invicto Japão no goalball masculino e, no vôlei sentado, a seleção feminina derrotou as anfitriãs com facilidade.

A natação brasileira teve um grande dia na Paralimpíada: Maria Carolina Santiago venceu a prova dos 50m livre conjunta das classes S12 e S13 (atletas com deficiência visual moderada ou leve) com recorde paralímpico; Gabriel Araújo dominou a prova dos 200m livre da classe S2 (atletas amputados ou que não tem pernas funcionais) e também ficou com ouro. Por fim, Beatriz Carneiro chegou para o bronze na disputa dos 100m peito da classe SB14 (deficiência intelectual), superando por dois centésimos a irmã gêmea, Débora Carneiro.

Outras duas medalhas vieram no judô: Alana Maldonado conquistou o ouro na categoria B1/B2 até 70kg, ao derrotar a georgiana Ina Kaldano por um waza-ari a zero e se tornou a primeira judoca brasileira campeã paralímpica. Já Meg Emmerich superou a mongol Altantsetset Nyamaa na disputa pelo bronze com um ippon ainda no começo.

A nota triste ficou pela derrota de Antônio Tenório, que ficou sem medalha pela primeira vez na sétima Paralimpíada da carreira. O judoca tem quatro ouros, uma prata e um bronze e compete desde Atlanta-1996. No judô paralímpico competem atletas com deficiência visual, que são classificados de acordo com o grau – B1 para totalmente cegos, B2 para quem enxerga vultos e B3 para quem tem perda parcial de visão.

Mariana D’Andrea fez história ao conquistar a primeira medalha de ouro brasileira no halterofilismo. Competindo na categoria até 73kg, a atleta levantou 137kg, superando a chinesa Xu Lili, que levantou 133kg. Competem na modalidade atletas que possuem deficiência nos membros inferiores (com amputação de membros inferiores e/ou com lesão medular) e/ou com paralisia cerebral.

Renê Campos Pereira teve uma linda arrancada nos 500 metros finais da prova dos 2000m categoria skiff simples PR1M1x e levou o bronze. Ele completou a prova em 10min03s54, atrás do ucraniano Roman Polianskyi (9min48s78) e do australiano Eric Horrie (10min00s82). No remo paralímpico, competem atletas com deficiências motoras, sendo que no PR1M1X são atletas que necessitam de um barco adaptado com suporte.

Um dos carros-chefes da delegação brasileira, o atletismo não teve resultados tão bons na noite de sábado e madrugada e manhã de domingo. Joeferson Souza disputou a final dos 100m rasos na classe T12 (atletas com deficiências visuais), e ficou em quarto entre quatro atletas. Alan Fontelles competiu na classificatória dos 100m rasos da classe T64 (atletas com amputações abaixo do joelho que usam prótese) e não avançou para a final. O bom resultado foi de Vinícius Gonçalves, que classificou para a final do T63 (atletas com prótese e dificuldades motoras maiores) e aind quebrou o recorde paralímpico na bateria.

Estadão Conteúdo

Facebook
WhatsApp