Já estamos na reta final para o Enem 2022. A menos de uma semana para a realização das provas, que serão aplicadas nos dias 13 e 20 de novembro, a preocupação sobre como fazer a redação e o possível tema a ser abordado começam a bater na porta dos estudantes que almejam ingressar em uma universidade pública.
De acordo com Rhayara Lira, professora de redação no Complexo Educacional Contemporâneo, nesse momento final, o foco dos estudantes deve ser em ampliar o repertório sociocultural, exercitar a prática textual e relembrar fatos importantes da política, cultura, saúde e educação ocorridos em 2022.
A educadora especialista em produção textual ressalta que em cada parágrafo de argumentação, é importante que o candidato comprove as suas ideias por meio de um repertório sociocultural legítimo, pertinente e produtivo.
“O estudante deve evitar se expressar de maneira coloquial durante a prova, já que se trata de um texto dissertativo-argumentativo, que requer uma linguagem formal e enquadrada na ‘norma culta’ da Língua Portuguesa. Isso não significa que ele precise utilizar expressões difíceis e rebuscadas, mas sim apresentar uma comunicação clara e didática ao desenvolver as ideias para a defesa do ponto de vista”, explica Rhayara.
Ela destaca o quão importante é levar para a redação dados estatísticos e citações de autoridades como argumentos para embasar a redação. Desrespeitar os direitos humanos e fugir do tema por falha na interpretação podem acarretar a nota zero e por isso demandam um cuidado especial, alerta a professora.
A pontuação obtida na redação do Enem corresponde a pelo menos 20% da nota final do exame, pois o aluno pode alcançar de 0 a 1000 pontos. O texto deve ser escrito em até 30 linhas no formato dissertativo-argumentativo.
Confira os temas da redação do Enem nos últimos 10 anos:
– 2012: Movimento imigratório para o Brasil no século 21;
– 2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil;
– 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil;
– 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira;
– 2016 – 1ª aplicação: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil;
– 2016 – 2ª aplicação: Caminhos para combater o racismo no Brasil;
– 2017: Desafio para a formação educacional de surdos no Brasil;
– 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet;
– 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil;
– 2020 impresso: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira;
– 2020 digital: O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil;
– 2021 impresso e digital: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil;
– 2021 – 2ª aplicação: Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil.