Avião de Marília Mendonça não tinha caixa-preta; investigação fica mais difícil

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Aeronáutica informou, na tarde deste sábado (6), que o bimotor Beech Aircraft que caiu na sexta (5) com a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas perto do aeródromo de Ubaporanga (MG) não tinha caixa preta. O equipamento serve para gravar informações técnicas do avião e diálogos da cabine com operadores de voo e não é obrigatório em aeronaves de pequeno porte.

Sem caixa preta, o Cenipa terá de usar outras informações para apurar as causas do acidente que matou todos os ocupantes da aeronave, uma tragédia que está causando enorme comoção no Brasil.

De acordo com o Cenipa, numa primeira análise no avião, foi encontrado um aparelho chamado spot geolocalizador, cujos dados poderão ser confrontados com o plano de voo.

Ainda na sexta, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que o avião que transportava a cantora bateu nos cabos de energia de uma torre de transmissão antes de cair perto de uma cachoeira.

Investigação

O Cenipa informou ainda que o avião deve ser levado para o aeródromo em que deveria ter pousado, na cidade de Ubaporanga, a 2km do local do acidente. Lá, nova perícia será feita para ajudar na investigação.

As vítimas

Além de Marilia, que tinha 26 anos, morreram seu produtor, Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana.

A cantora foi velada e sepultada em Goiânia (GO) na tarde deste sábado. Uma multidão compareceu ao velório para se despedir de uma das mais famosas cantoras sertanejas do país.

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