Parque eólico – Foto: Central do Investidor / RN
Com 29 parques eólicos e 327 aerogeradores, que geram energia a partir dos ventos, o município de João Câmara poderá receber o título de Capital Nacional dos Ventos, segundo projeto de lei do senador potiguar Jean Paul Prates, do PT. Prates destacou que os parques eólicos levaram desenvolvimento à população local, pois um terço do dinheiro investido nestes empreendimentos é gasto na própria comunidade.
“Não havia nada ali em termos de grandes investimentos de caráter industrial, operacional. Ali se vivia basicamente da agricultura de subsistência, plantar para comer, e do Bolsa Família, dos assentamentos, da produção agrícola. É uma terra seca. No entanto, ela se localiza numa região mais alta; hoje, é a maior concentração de turbinas eólicas do Brasil por metro quadrado e, provavelmente, do mundo. Ali estão vários parques eólicos e muitas turbinas aerogeradoras. O parque ali crava pelo menos um terço daquele investimento, às vezes bilionário, fazendo com que circule a receita naquela região”, defendeu.”
Ao relatar a proposta na Comissão de Educação, o senador também potiguar, Styvenson Valentin, do Podemos, ressaltou a importância do setor.
“A importância da atividade é tamanha na região que, segundo dados do IBGE, de 2008 a 2012 houve um aumento de 90% no PIB do município. A atividade gera emprego e renda para o município e ajuda no desenvolvimento não somente da região, mas de todo o estado do Rio Grande do Norte”, defendeu.
Também senadora pelo Rio Grande do Norte, Zenaide Maia, do Pros, defendeu a proposta. “Realmente, a gente está falando de riquezas naturais. Vento que não falta, como a gente diz. Então, é justo que João Câmara receba esse título”, disse.
O Rio Grande do Norte produz mais de cinco Gigawatts de energia éolica, o que torna o estado autossuficiente e um líder mundial no setor. Desde o primeiro parque eólico instalado há quase 20 anos, já foram investidos R$ 21 bilhões. A proposta de homenagem seguiu para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.
Com informações do Agora RN